sábado, 25 de janeiro de 2014

Os cinco não fantoches

Parecia um em cinco fantoches, mas não, eram os cinco dedos de uma mão.

Nesses cinco dedos dessa mão se personificação e davam extensão às características isoladas e tão diferentes em cada um deles.

E lá estava no canto, o dedo mínimo - com um apelido estranho de midinho. Quieto, encolhido, pequeno e magrinho. Com características discretas que a mão permitia e permite que poucos vejam. Detalhes mínimos que dentro os outros quatro pouco importavam para muitos, e ainda bem.

Logo do lado estava o anelar. Esse estava descansando e cabisbaixa até então. Esse não via sentido em ser querido. A mão não entendia o por que deste dedo está tão desacreditado em si, visto que a mão só esperava alguma outra mão que valesse à pena mostrar novamente o seu dedo mínimo.
Mas lá estava ele, o dedo anelar, desacreditado a tanto tempo com a vida que o tornava o dedo mais seco, frio e triste da mão.

O dedo médio, o revoltado, o cansado, o justo consigo, o exibido e aparente, estava lá! Louco e se mostrando para todos ~Just put up a middle thing to the sky, haha~. Foi o modo que a mão encontrou de escapar de tantas coisas. Se outras mãos a achavam feia, estúpida, grossa, achatada...? Isso já não mais importava a essa mão. Sendo esse o dedo mais aparente, para quem mostrar o midinho para tantas mãos desnecessárias. Ela simplesmente queria deixar bem claro que o seu dedo médio estava empinado para que todos vissem e temessem se quer mexer com ela, pois a mesma havia convicção e amor por si e suas escolhas. E quem discordasse por simplesmente discordar e ser ruim, ela iria a partir de então se impor e mostrar o dedo do meio para as outras mãozinhas, coitadas, insanas e desprezíveis.

Lá se encontrava o indicador. Usados pela mão para serviços aleatoriamente possíveis. E mesmo que parecesse impossível, era possível ainda assim! Sim, o indicador indicava a solução dos problemas, os melhores lugares para se ir, as melhores opções de um momento. Ainda passava por locais gosmentos e fedidos só por realizações que trariam prazer para a mão. O indicador poderia ser o mais bobo se não fosse o mais sensato. O indicador poderia ser o louco que aponta os problemas de várias outras mãos que ainda não sabem o poder do seu dedo do meio. Mas a mão escolheu e o indicador preferiu ser o que indicaria boas coisas e coisas boas. E sim, há diferenças entre isso.

E vinha lá, mais gordinho, bonitinho e com uma cicatriz em seu corpo, o polegar. Esse estava para a chatice e cansaço da mão. Situações sem solução ou sem necessidade de discussões? Ele logo se levantava, calado, a fim de encerrar tudo aquilo. O polegar indicava a impaciência da mão. Indicava a insistência da mão em coisas úteis e de otimização em tudo na vida da mão. E a mão não se arrependia nunca de ter este dedo, pois era muito importante o tê-lo. Ele servia pra evitar o estresse da mão por julgamentos indevidos, por exemplo. Que mão iria dispensar esse dedo?

Mas não, meu caro. A mão não dispensa nenhum dos cinco dedos. Os cinco dedos a fazem a mão que ela é. E ela usa cada dedo quando necessário a si. E que bom que é assim.

Daí que essa mão se encontrou tão feliz, utilizando tão bem seus cinco dedos que consegue compartilhar a felicidade de um anelar, que agora não era menos que amado, o que desencadeava em mostrar a outra mão o seu dedo mínimo, com tanta coisa da mão que poucos conhecem, que mantinha a coragem de mostrar o dedo médio para todas a outras mãos que a pouco importavam/entendiam/aceitavam, com um indicador com mais experiência e alegria daquela mão que o faziam conseguir indicar momentos e lugares bons para até a outra mão, que trouxe a felicidade ao anelar ~que desencadeou em felicidade em toda a mão~, e por último, com um polegar muito experiente e cansado de coisas que não valeriam à pena.

E sim, agora a mão está disposta à felicidade, disposta às coisas boas da vida. A ser muito mais que o amor. A ser a compreensão, atenção, carinho, felicidade, amor, paixão, grosseria, doçura... tudo que aquela mão necessitava ser para a outra.

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